Antenas


As radiocomunicações dependem profundamente de três sistemas bem distintos: o aparelho eletrônico para receber e/ou transmitir as ondas eletromagnéticas, a linha de transmissão e a antena. A antena é a parte responsável pela introdução da onda eletromagnética na atmosfera (no caso da transmissão) e também pela sua captação (no caso da recepção). Para que o aproveitamento das ondas eletromagnéticas seja o melhor possível, estes três elementos devem estar em perfeita sintonia. Portanto, uma antena terá melhor rendimento se ela for especificamente construída para a freqüência de trabalho do transmissor/receptor.

Todo transmissor requer um sistema irradiante, também conhecido como ANTENA. O desenvolvimento das antenas começou com Hertz, que influenciou a Marconi e aos Operadores de Radio, que sempre procuram eliminar problemas e alcançar distancias cada vez maiores. Assim foram sendo desenvolvidos vários tipos de antenas: Dipolo, Plano-Terra, Yagi, Quadra-Cúbica etc. Uma antena sempre se comporta como um circuito ressonante que possui capacitância, indutância e resistência distribuídas, em grandezas relacionadas ao do comprimento de onda que ela opera. Somente podemos ouvir sinais que realmente estejam atingindo a nossa antena, com um nível suficiente para sobrepujar o ruído próprio do circuito de entrada do receptor. Se essa condição não é satisfeita, não existe a menor possibilidade de aplicar dispositivos eletrônicos posteriores ao circuito de entrada. Se o fator determinante desse limite for a qualidade da antena, só poderá ser superado por outra antena mais eficiente

Antena Plano-Terra

As antenas plano-terra 1/4 de onda são as mais populares em uso atualmente. Isto deve-se à facilidade de ajustes bem como ao excelente desempenho, produzido por elas. Uma plano-terra 1/4 pode ter três radiais espaçados a 120º, ou quatro com espaçamento de 90º. A plano-terra 1/4 de onda poderá ser calculada usando-se formulas, e seu ajuste é de certa maneira muito fácil. Sua construção deverá ser totalmente em tubos de Alumínio anodizado, garantindo assim uma boa durabilidade.

A antena com o plano-terra a 90º em relação ao irradiante tem uma impedância de 30 a 36 Ohms, abaixando-se os radiais até formarem um angulo de 45º em relação ao eixo do irradiante, a impedância da antena sobe para 50 Ohms, facilitando o acoplamento com o transmissor. Com o ajuste do comprimento do irradiante, obtém-se uma Relação de Ondas Estacionárias (R.O.E.) na razão de 1:1,0 ou seja o acoplamento perfeito. É preferível a melhor antena com um transmissor modesto que uma péssima antena com o melhor transmissor.

Os radiais dessa antena servem como refletores, impedindo tanto que sinais que venham num ângulo descendente sejam perdidos quanto que sinais ascendentes, que tendem a ser interferência, sejam captados. Podemos dizer que o elemento irradiante é "quase omnidirecional", pois ele irradia para todos os lados, menos para cima.

Nós preferimos a antena com os 4 radiais em 90º com relação ao irradiante por conveniência na construção. Ela foi, em sua maior parte, construída com sucata, recortes de materiais encontrados em serralherias. O isolador utilizado nada mais é que um soquete de cerâmica para lâmpadas. Da forma que ela foi calculada (0,5 metro para o irradiante e para os radiais) ela opera a partir de 144 MHz, na faixa de Radio-Frequência (VHF).



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